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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 02, 2013

MENSALÃO - JORNAL O GLOBO ADMITE QUE JULGAMENTO FOI POLÍTICO E PARA "SALVAR" DO DESCRÉDITO O JUDICIÁRIO.


PARA A HISTÓRIA - Jornal O Globo aprova condenação baseada em "evidências" para que "não aumentasse o descrédito do Poder Judiciário". 


OPINIÃO 

O jornal emitiu opinião sobre o artigo escrito pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, onde ele afirmou que no julgamento da Ação Penal 470, garantias foram atropeladas pelo Supremo Tribunal Federal, possuído de uma ânsia repressiva além dos limites. 

O jornal diz, rebatendo as afirmações de Bastos, que no julgamento "não se distorceu nada", defende a aplicação da Teoria do fato e, já no final do texto, acaba por admitir, provavelmente num ato falho, que o julgamento foi político e de cartas marcadas, pois, se o resultado não fosse a condenação dos RÉUS, isso significaria o descrédito público do Poder Judiciário. 

Reproduzo o trecho que deixa escapar a realidade do que foi o julgamento na visão do Jornal: 

"...Mas, ao se estabelecer que não é difícil chefe apagar rastros, foi possível condenar mensaleiros graduados a partir de provas testemunhais e EVIDÊNCIAS." 

E MAIS ESTE REVELADOR TRECHO; 

"CASO CONTRÁRIO, teria aumentado o descrédito público do Poder Judiciário, reconhecido interna e externamente pela benevolência com que trata (ou tratava) os réus poderosos, com destaque para os corruptos". 

Um destes RÉUS PODEROSOS a que se refere o Jornal, que usa ainda o rótulo "mensaleiro graduado" é certamente, José Dirceu. Contra Dirceu só havia o testemunho de Roberto Jefferson, co-réu, que nunca escondeu sua sede de vingança e ódio. Não há nos autos nada (emails, assinaturas, telefonemas, pagamentos, recebimentos, fotos ...) que materialmente prove que Dirceu participou de qualquer desvio ou ato de corrupção, como compra de voto. Contra Dirceu só há, como admite o Jornal - EVIDÊNCIAS

Que fique então registrado PARA A HISTÓRIA a OPINIÃO do Jornal O GLOBO. Para salvar a combalida credibilidade do Judiciário era, mesmo sem provas, absolutamente necessário condenar alguns dos RÉUS do Mensalão

Postado por 007BONDeblog 
*cutucandodeleve

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