Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 11, 2013

Ahmadinejad: Chávez é pilar dos movimentos revolucionários



O falecido mandatário da Venezuela, Hugo Chávez, “já não é uma pessoa, mas uma cultura, um caminho para salvar a humanidade”, afirmou na última sexta-feira (8) o presidente da República Islâmica do Irã, Mahmud Ahmadinejad.


Depois de participar do funeral de Estado de Chávez, realizado nesse mesmo dia na capital venezuelana, Caracas, Ahmadinejad declarou que Chávez é “um coração repleto, cheio de amor ao próximo (...) um grande homem pleno de características humanas e grandes valores, era como um manancial transparente, natural e puro”.

O chefe do Executivo iraniano asseverou que o presidente bolivariano se esforçou muito pela independência de seu país com o fim de dar desenvolvimento e bem-estar ao povo venezuelano e que neste caminho “enfrentou todo tipo de pressões”.

Ahmadinejad assegurou que a nação sul-americana continuará com valentia e amor à justiça o caminho que Chávez abriu.

“O futuro será mais brilhante do que hoje, porque sempre existe um destino e estou seguro de que o povo venezuelano assim o fará. Chávez foi um povo e pertenceu aos povos (...) Foi ele que conseguiu posicionar a Venezuela em escala mundial”, concluiu o mandatário persa.

Mahmud Ahmadinejad indicou que as relações entre o Irã e a Venezuela se enraízam na história, e disse que Chávez amava o Irã. Declarou também que foi ao seu funeral para expressar solidariedade e transmitir a mensagem da nação persa.

Ele contou que nas reuniões que manteve com as autoridades iranianas, Chávez sempre se referia a seu amor pelo Irã. Disse que inclusive sua mãe comentou isso com ele durante a cerimônia. 

“Chávez se perpetuará na historia”, disse o líder persa, destacando que alguns, em particular os inimigos, consideravam que a morte de Chávez frearia o avanço dos movimentos revolucionários, mas a cerimônia evidenciou que os movimentos pela unidade e solidariedade seguirão adiante.

Na opinião do presidente iraniano, Chávez é o pilar e o abandeirado dos movimentos revolucionários devido a sua resistência, valentia, amor pelo povo, religiosidade e seu arrojo diante do hegemonismo.

Em outra parte de suas declarações, Ahmadinejad assinalou que quando as nações latino-americanas lutavam contra o colonialismo para obter sua independência, foram violentamente reprimidas. Não obstante, agrega, depois da vitória da Revolução Islâmica do Irã, se levantou uma nova onda de movimentos revolucionários da América Latina, cujo líder foi Chávez, um verdadeiro revolucionário.

Sobre a visão de mundo de Chávez, Ahmadinejad sublinhou que este pretendia estabelecer a justiça, a amizade, a irmandade e os valores humanos; metas, por outra parte, que são também da Revolução Islâmica do Irã.

Ahmadinejad participou junto com mais de 30 chefes de Estado e 55 delegações internacionais de todo o mundo, da cerimônia que teve lugar na Academia Militar de Caracas para render homenagem ao líder da Revolução Bolivariana.

O líder foi calorosamente aplaudido. Visivelmente emocionado, beijou o féretro em que estava o corpo de Chávez coberto com a bandeira nacional venezuelana e fez uma saudação com o punho cerrado.


http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=207946&id_secao=9







Com Hispan TV


Nicolás Maduro quer estreitar relações da Venezuela com a China Socialista




NICOLÁS MADURO QUER FORTALECER RELAÇÕES ECONÔMICAS DA VENEZUELA COM A CHINA

Publicação: 09/03/2013 19:19 Atualização:
Brasília – O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, disse neste sábado (9/3) que pretende fortalecer as relações econômicas com a China. Durante encontro com uma delegação do país asiático para rever as alianças e os acordos firmados, Maduro ressaltou a força econômica e política da China no cenário internacional.
“As nossas relações [entre a Venezuela e a China] estão no contexto da emergência de uma nova América Latina e no Caribe, uma nova era histórica”, acrescentou.

Maduro também agradeceu o apoio do governo da China durante o tratamento de Hugo Chávez e a carta de condolências enviada pelo presidente chinês, Hu Jintao, à família.
O presidente interino prometeu à delegação chinesa, que compareceu ao velório de Chávez, que o ministro do petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, fará uma visita ao país nas próximas semanas.
A China é o segundo maior parceiro comercial da Venezuela, com volume anual de negócios que supera os US$ 12 bilhões (9,1 bilhões de euros), em particular pelos cerca de 500 mil barris de petróleo que o país sul-americano exporta diariamente para o país asiático.
http://falandoverdadesbr.wordpress.com/2013/03/10/nicolas-maduro-quer-fortalecer-relacoes-economicas-da-venezuela-com-a-china/

Nenhum comentário:

Postar um comentário