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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 19, 2013

“Mossad promoverá ataque terrorista na Argentina?” Pergunta Cristina Kirchener



Dá-lhe Cristina! Tem que ter muito peito para enfrentar o lobby sionista e a mídia canalha ao mesmo tempo.

 Do Blog do Boilerdo

“Mossad promoverá ataque terrorista na Argentina?” É a dúvida deixada pela presidenta argentina em resposta ao titular da AMIA

A presidenta da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, respondeu neste sábado às declarações do representante da Associação Mutual Israelita Argentina - AMIA, Guillermo Borger, sobre o acordo assinado entre o país sul-americano e o Irã para esclarecer o atentado contra a AMIA em 1994.

Em mensagem no twitter dirigido ao sionista Guillermo Borger, Cristina exigiu explicações sobre declarações em que ele tinha ameaçado que o acordo assinado entre a Argentina e o Irã poderia levar a outro ataque terrorista, insinuando que "pode ser um passo para o penhasco, porque se isso seria avanço, resultando em um terceiro ataque."

"Eu li com grande preocupação as declarações Guillermo Borger, presidente da AMIA, sobre o acordo com o Irã (...) O que você sabe de uma declaração tão terrível? (...) Se houvesse um ataque pelo acordo com o Irã, quem seria o autor do crime? Claramente, nunca poderiam ser os países signatários. Será que aqueles que se opõem ao acordo? Os países, as pessoas de inteligência (CIA ou Mossad)? Quem?”

Leia também:

A presidenta da Argentina exigiu que o dirigente da AMIA esclareça e diga o que ele sabe sobre o ataque.

"Eu acho que o povo da Argentina em geral e da justiça, em particular, deve e merece saber o que você sabe Guillermo Borger, na condição de titular da AMIA", escreveu a presidenta.

Em 18 de julho de 1994, a Argentina teria sofrido um ataque terrorista na AMIA em Buenos Aires, matando 85 pessoas e ferindo outras 300. Sob intensa pressão política imposta pelos EUA e Israel, o Irã foi acusado de estar envolvido no incidente. Mas o Irã rejeitou todas as alegações contra ele e sempre manifestou a sua vontade de cooperar com a Argentina para esclarecer as dúvidas que existem sobre ele. Alguns deputados argentinos chegaram a denunciar que na verdade houve uma explosão interna, do arsenal de armas e explosivos que a AMIA guardava ilegalmente.

Em 27 de janeiro de 2013, os ministros das Relações Exteriores do Irã e da Argentina, Ali Akbar Salehi e Héctor Timerman, respectivamente, assinaram um acordo para avançar nas investigações sobre a explosão do centro judaico AMIA. O Memorando de Entendimento começará a ser discutido na próxima semana pelo Congresso argentino.

Sob o acordo, "a Comissão é composta por cinco comissários e dois membros nomeados por cada país. Além disso, ambos os países concordaram em nomear um advogado comum internacional, que atuará como presidente da Comissão."

A assinatura do acordo não agradou ao regime sionista de Tel Aviv, porque ele se opôs ao entendimento alcançado entre Teerã e Buenos Aires, e pediu uma explicação ao país sul-americano sobre o documento assinado, mas a Argentina rejeitou fortemente o pedido do regime de Israel e esclareceu de a Argentina é um país soberano e jamais vai se submeter a quem quer que seja.

Pelo Marcha Verde

http://boilerdo.blogspot.com.br/2013/02/mossad-promovera-ataque-terrorista-na.html

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