Governo venezuelano responde com declaração de Jimmy Carter às provocações do Departamento de Estado dos EUA a respeito da próxima eleição presidencial no país: "A Venezuela conta com o melhor sistema eleitoral do mundo"
Presidenta do Conselho Eleitoral da Venezuela reage a acusações do
Departamento de Estado de que seria difícil imaginar eleições 'limpas e
transparentes' para definir a sucessão de Hugo Chávez
do Rede Brasil Atual
Publicado em 17/03/2013, 20:05
São Paulo – A presidenta do Conselho Eleitoral da Venezuela, Tibisay
Lucena, reagiu neste domingo (16) às críticas da subsecretaria do
Departamento de Estado dos Estados Unidos para a América Latina, Roberta
Jacobson, que afirmou na véspera que eleições “limpas e transparentes”
para definir a sucessão de Hugo Chávez seria algo “um pouco difícil”.
“São temerárias as declarações vindas de onde vêm, quando sabemos que o
sistema eleitoral dos Estados Unidos é frágil, inseguro e excludente das
minorias populares”, disse Lucena durante pronunciamento no qual
classificou a afirmação de Roberta Jacobson como “ingerencistas e
infelizes”.
No contra-ataque, a presidenta do Conselho Eleitoral recordou que nos
Estados Unidos não se permite uma auditoria da votação, diferentemente
da Venezuela, em que cada uma das etapas passa por um processo de
conferência. Na visão de Lucena, o sistema eleitoral do país
sul-americano “tem o reconhecimento nacional e internacional. Nacional
pela confiança dos eleitores e eleitoras, e internacional pela fortaleza
e pela robustês que se reconhece internacionalmente, incluindo o
ex-presidente (dos EUA) Jimmy Carter, que disse que a Venezuela conta
com o melhor sistema eleitoral do mundo”.
Ela acrescentou que houve uma reforma no sistema eleitoral venezuelano
como parte de uma política maior, de inclusão social, que deu fim a uma
brecha que excluía alguns cidadãos do direito ao voto, ao passo que nos
Estados Unidos 25% dos eleitores em potencial estão excluídos do
registro geral. A presidenta do conselho recordou ainda que em vários
estados da nação do Norte se tentou aprovar mecanismos de restrição de
acesso ao direito de votar.
Em nova comparação, afirmou que na Venezuela se tem um resultado voto
por voto, sem depender de bocas de urna que acabam por ratificar um
resultado cujos números oficiais só se darão a conhecer dois meses
depois. “Foi uma decisão do poder eleitoral de desenvolver uma política
soberana de respeito, que supera a tutelação e a subordinação de umas
repúblicas frente a outros. Nosso sistema é um dos mais abertos do
mundo”, concluiu.
No próximo dia 14 de abril, o presidente interino Nicolás Maduro tentará
se consagrar sucessor de Chávez, cuja morte provocada por câncer foi
anunciada no último dia 5. Ele terá como adversário o governador de
Miranda, Henrique Capriles, derrotado nas últimas eleições
presidenciais, em outubro passado.
*Opensadordaaldeia
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