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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 26, 2013

Carro movido a oxigênio pode percorrer até 200 quilômetros



Jornal GGN
– Uma montadora indiana desenvolveu um protótipo de veículo “sustentável”, movido de forma limpa, que pode percorrer até 200 quilômetros em uma velocidade média de 80 km/h. O veículo é alimentado por ar comprimido. Apesar de não representar um conceito novo, o AIRPod pode ser o primeiro modelo de veículo automotor considerado viável com esse tipo de tecnologia, sob a perspectiva da indústria automobilística.

Segundo a empresa, o veículo – que de tão pequeno e compacto é comparado ao robô R2D2 da franquia "Star Wars" – representa um passo importante para “encorajar” a indústria a investir mais nesse tipo de alimentação veicular: a tecnologia é totalmente limpa, que não causa danos ao meio ambiente, ao contrário dos veículos movidos a derivados de petróleo.

A montadora Tata afirma que o carro tem “praticamente” taxa zero de emissões, e o custo do combustível é de apenas 2,5 centavos de euro por quilômetro rodado. O pequeno carro, que pode acomodar até três pessoas, já é considerado por analistas como “um dos veículos econômica e ambientalmente amigáveis no mundo”. Segundo a empresa, há três possibilidades de recarga do tanque, que pode armazenar cerca de 175 litros de ar comprimido. A primeira é a recarga em casa, com sistemas próprios de abastecimento, enquanto a segunda seria em postos especialmente criados para esse fim. A terceira – e mais interessante – é a recarga automática enquanto o carro está em movimento: um motor elétrico suga o ar do lado de fora para abastecer o tanque.

O preço estimado para o AIRPod é de cerca 7.000 euros. A empresa diz ainda que os baixos custos de fabricação, somados aos baixos custos de abastecimento, podem criar uma indústria mundial que pode mudar o cenário atual das grandes cidades. Além disso, diz a empresa, o veículo facilmente venceria “a maioria dos carros inteligentes do mercado”.

*Nassif

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