EMÍDIO DÁ O TOM DO PT: “ALCKMIN É INCOMPETENTE”
Com a presença de Lula e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha,
ex-prefeito de Osasco é lançado candidato a presidente do PT de São
Paulo; ato que acontece agora, no centro da capital, abre luta entre o
partido e o PSDB pelo governo do Estado; "Geraldo Alckmin está no poder
há vinte anos e não mostrou ao que veio", disse Emídio de Souza; "Essa
incompetência irá ao julgamento das urnas"; transportes, violência e
saúde serão os temas principais em debate; franco favorito a assumir a
presidêcia do PT paulista, Emídio quer um empresário como vice do futuro
candidato Padilha
27 DE SETEMBRO DE 2013
247 - Às 20h22, sob os gritos de 'olê, olá, Lula, Lula", o ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco montado na Casa de Portugal,
no centro de São Paulo, onde está sendo lançada a candidatura do
ex-prefeito de Osasco Emídio de Souza à presidência estadual do partido.
Antes dele, também em clima de festa, foi recebido o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, virtual candidato do partido ao governo do Estado,
em 2014.
"Padilha deverá deixar o ministério entre o final deste ano e o inicio
do próximo, não ser muito mais para a frente que isso", disse Emídio,
franco favorito a vencer as eleições internas do PT. "A presidente Dilma
pediu para Padilha ficar até a implantação do programa Mais Médicos.
Depois disso, é entrar trabalhar em São Paulo", completou. Para ele, as
funções de ministro iriam congestionar a agenda do futuro candidato.
Nos primeiros discursos, prefeitos e deputados do partido frisaram que
2014 vai representar a melhor chance de o PT ganhar o governo de São
Paulo. "Os tucanos estão cansados", disse o dirigente Gerson
Bitencourt. "Além disso, estão mergulhados num mar de lama". A corrupção
à volta das multinacionais Alstom e Siemens, no setor de transporte
público do Estado, sem dúvida, como já se vê, será uma tecla muito
batida na campanha do PT.
Abaixo, notícia anterior:
Marco Damiani _247 – Cercado por quase uma dezena de jornalistas, e com
um auditório lotado por cerca de mil pessoas a esperá-lo, o ex-prefeito
de Osasco Emídio de Souza antecipou no início desta noite de sexta-feira
27, na Casa de Portugal, no centro da capital paulista, o tom que o PT
irá adotar na disputa pelo governo do Estado mais rico da Federação, São
Paulo com seu orçamento inferior apenas ao da União: é de ataque
frontal ao PSDB e seu virtual candidato à reeleição.
O PT batizou de PED 2013 - Processo de Eleições Diretas -- o calendário
de eleições diretas para todas as instâncias de presidência da legenda,
do diretório nacional aos estaduais e municipais. Os estrategistas do
partido acreditam que essas eleições irão mobilizar a militância e
esquentar as baterias para as disputas do próximo ano.
"Geraldo Alckmin entrou para o governo de São Paulo em 1º de janeiro de
1995, junto com o Mario Covas", lembrou Emídio, momentos antes de ter
seu nome lançado oficialmente como candidato a presidente do PT de São
Paulo. "Alckmin é, portanto, responsável por toda essa incompetência que
o PSDB praticou em São Paulo".
Além da platéia formada por militantes de dezenas de diretórios do
partido, sindicalistas e parlamentares, Emídio terá ao seu lado o
ex-presidente Lula e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que às
19h25 era aguardados para participar do ato político. O ex-prefeito de
Osasco por três vezes é franco favorito para ganhar as eleições internas
no PT.
Para Emídio de Souza, o partido deverá conduzir a campanha eleitoral do
próximo ano sobre dois eixos: destacar o perfil de realizador do
ministro Padilha, que já conta com o apoio da maioria da legenda para
sair candidato, e bater duro na administração tucana e no governador
Alckmin.
"Não dá para Alckmin dizer que não tem a ver com os esquemas montados
pelos governo tucanos em São Paulo. Ele é peça central de tudo isso",
desferiu o futuro presidente estadual do PT. "Um governo de 20 anos que
faz 1,4 quilômetro por ano, que não conseguiu resolver a situação da
saúde pública no Estado e não soube fazer parcerias para o
desenvolvimento, não merece continuar. É essa incompetência que estará
em julgamento nas urnas".
O candidato está animado. "OPT só tem tem crescido", contabiliza.
"Tivemos 28% com o Genoíno em 2008 e, em seguida, 32% e 35% com o
Mercadante. Nas últimas eleições, crescemos muito nas regiões
metropolitanas de São Paulo e Campinas. O que falta é nos enraizarmos
mais nas cidades com menos de 40 mil habitantes".
Emídio já defende a participação de um empresário na futura chapa de
Padilha. "São Paulo é um Estado que liderava o País e ficou para trás.
Temos de retomar o protagonismo. Nada melhor, para isso, do que termos
um vice que represente esse empresariado que quer fazer São Paulo voltar
a crescer", agregou.
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