Segundo a reportagem, a Abreu e Lima deixará de existir como empresa e será incorporada como unidade de negócio. Ela foi projetada para ter a participação e os investimentos de ambas as empresas, desde o início das obras. Porém, os aportes venezuelanos no investimento nunca aconteceram. O custo já ultrapassa os US$ 17 bilhões e a obra está atrasada há quase quatro anos, por conta desses imprevistos.
O acordo entre Petrobras e PDVSA foi firmado em 2005 e previa que o Brasil assumiria 60% dos gastos totais - os outros 40% ficariam com a companhia venezuelana, que nunca os cumpriu. O custo total inicial estava previsto em US$ 2,3 bilhões – já ultrapassado em oito vezes. A própria Petrobras, de acordo com seu relatório anual, já injetou mais de R$ 11,6 bilhões na obra até o ano passado, esperando alguma resposta financeira da PDVSA, que nunca chegou.
No início da agosto, a empresa venezuelana se pronunciou, dizendo que os custos da obra estavam muito caros, mas deixou como indefinida sua permanência no projeto. Chegou a comparar com uma outra obra em parceria com uma companhia da Coreia do Sul, um consórcio responsável pela produção de 100 mil barris por dia, que não ultrapassou os US$ 2,3 bilhões.
Procurada por vários veículos de imprensa, a Petrobras, que se responsabilizou a tocar o projeto à época, com ou sem a PDVSA, não se pronunciou sobre o assunto até o fechamento desta reportagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário