Obama amplia bloqueio ilegal contra Cuba
Desde que assumiu a presidência dos EUA, Obama vem estendendo o prazo do embargo criminoso a cada ano, apesar das expectativas iniciais sobre a mudança das relações entre o seu país e Cuba
Obama amplia por mais um ano o bloqueio ilegal contra Cuba (AP Photo/Chris Carlson)
O presidente norte-americano, Barack Obama, prorrogou por outro ano as sanções impostas contra Cuba, com um embargo ilegal e imperialista vigente contra o país desde 1960. Desde que assumiu o cargo de presidente dos Estados Unidos, Obama vem estendendo o prazo do embargo a cada ano, apesar das expectativas iniciais sobre a mudança das relações entre o seu país e Cuba.
O país mantém o criminoso bloqueio unilateral contra Cuba desde o ano 1960, dois anos após a Revolução Cubana que derrubou o ditador Fulgêncio Batista. A medida, primeiro denominada “Ato da Democracia Cubana”, foi endurecida posteriormente e codificada como uma lei em 1993, com a aprovação das leis Torricelli e Helms Burton.O memorando dirigido ao secretário de Estado e ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos foi difundido pela Casa Branca, ordenando manter o embargo comercial, econômico e financeiro contra a chamada “maior das Antilhas”. Conforme a legislação norte-americana vigente, o presidente norte-americano decidiu prorrogar as sanções contra Cuba, com a Lei de Comércio com o Inimigo, alegando que responde aos interesses nacionais dos Estados Unidos.
Apesar de alegar dirigir-se ao governo cubano e aos lideres políticos “em apoio ao povo” de Cuba, que apoia a revolução socialista conduzida por Fidel Castro, o embargo tem consequências diretas para a população, e foi imposto após o governo revolucionário ter nacionalizado empresas estadunidenses que se mantinham intocáveis na exploração do país devido à ditadura de Batista.
Em votações na Assembleia Geral, a Organização das Nações Unidas já condenou a política norte-americana (e, especificamente, o bloqueio contra Cuba) quase 20 vezes, com uma esmagadora maioria, acima dos 180 votos.
Assange diz que Brasil está sendo invadido pelos EUA
Em videoconferência em São Paulo, fundador do Wikileaks explica que norte-americanos agem no Brasil. Para Assange, cenário revela que há um colapso do estado de direito no Ocidente
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, disse na noite desta quarta-feira (18), durante videoconferência em São Paulo, que as denúncias de espionagem americana em território brasileiro revelam que os Estados Unidos estão invadindo o Brasil.
Brasil está sendo invadido pelos Estados Unidos, diz Assange (Reprodução)
“O que significa quando uma lei sai de seu território [para agir em outro]? Vocês estão sendo invadidos por uma jurisdição, que está fazendo valer sua lei no estrangeiro”, declarou Assange durante o seminário Liberdade, Privacidade e o Futuro da Internet, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pela Boitempo Editorial.
Assange fez as declarações por meio de uma videoconferência direto da Embaixada do Equador em Londres, onde está asilado desde junho de 2012.
A chamada lei do terrorismo permitiu que os americanos realizassem escutas telefônicas e quebrassem sigilos para investigar possíveis atos de terrorismo. Técnicas violentas de interrogatório também foram empregadas no Oriente Médio. Para Assange, o aparato de espionagem global montado pelos EUA são consequência disso.A lei citada por Assange se trata do Ato Patriótico, aprovada pelo Congresso americano logo após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Segundo o australiano, esse cenário revela que há um colapso do estado de direito no Ocidente.
— É um colapso dos direitos humanos.
Segundo o fundador do Wikileaks, site que revelou boa parte das violações aos direitos humanos que os americanos cometeram na chamada guerra ao terror, os EUA montaram um aparato de vigilância massiva no mundo inteiro.
— Quase todas as comunicações da América Latina (98%) passam pelos EUA. Toda a estrutura [tecnológica] da comunidade do Brasil foi roubada pelos Estados Unidos. Cada pessoa que se comunica aqui está embutida nessa estrutura.
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Ao mesmo tempo, diz Assange, essa infraestrutura de telecomunicações “torna possível esse tipo de comunicação, entre mim, aqui na Embaixada do Equador em Londres, e vocês, no Brasil”.
Julian Assange, de 42 anos, está refugiado na Embaixada do Equador em Londres, na Grã-Bretanha, desde 19 de junho para evitar a extradição à Suécia, onde querem interrogá-lo sobre denúncias de crimes sexuais.
O ex-pirata da informática, que enfureceu Washington em 2010 quando seu site WikiLeaks publicou milhares de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, disse que teme ser enviado a esse país, onde acredita que sua vida correria risco.
Até o momento, nem os Estados Unidos nem as autoridades suecas fizeram acusações formais contra Assange. Promotores suecos querem interrogá-lo sobre acusações de violação e agressão sexual feitas por duas participantes do WikiLeaks em 2010.
Assange disse que teve relações sexuais consentidas com as mulheres que o denunciaram.
*Praghmatismopolitico
*Nina
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