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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 16, 2013

LIVRO-BOMBA SOBRE FHC ESTÁ ENTRE OS MAIS VENDIDOS


"O príncipe da privataria", do jornalista Palmério Doria, foi o quarto mais vendido do País na categoria não ficção, na semana entre 2 e 8 de setembro, de acordo com a Publishnews; obra revela como o ex-presidente tucano comprou sua reeleição, em 1998.
247 – A livro-bomba que revela como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) comprou sua reeleição, com uma votação comprada no Congresso em 1998, está entre os mais vendidos do País. O livro foi lançado no último final de semana de agosto.
Segundo a Publishnews, que divulga os dados do mercado editorial brasileiro, a obra do jornalista Palmério Doria, "O príncipe da pirataria", foi o quarto mais vendido na semana entre os dias 2 e 8 de setembro na categoria não ficção.
No livro, o jornalista revela ainda a identidade do "Senhor X", que gravou deputados e denunciou ao jornalista Fernando Rodrigues, da Folha de S.Paulo, o episódio envolvendo FHC.
Palmério Doria também é autor do best-seller Honoráveis Bandidos, sobre o poder da família Sarney, e Crime de Imprensa, relançado digitalmente pela Livraria 247.

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