Atrizes Carol Castro, Rosamaria Murtinho, Nathália Timberg, Suzana
Vieira e Barbara Paz, da novela Amor à Vida, posaram consternadas, e de
preto, em protesto contra a decisão do ministro Celso de Mello, que
assegurou a alguns réus da Ação Penal 470 a primeira oportunidade de
apelação; pelo jeito, as atrizes não têm apreço pelas liberdades e
garantias individuais; já houve um tempo em representantes das artes,
como Tônia Carrero e Norma Bengell, lutavam contra a ditadura; hoje,
elas parecem querer o arbítrio judicial
20 DE SETEMBRO DE 2013
247 - Quase sem maquiagem, e vestidas de preto, elas encaram a câmera.
De Carol Castro, campeã da "Dança dos Famosos", parte um olhar
indignado. De Rosamaria Murtinho, vem um ar sério, que parece mirar o
abismo. Nathália Timberg lança uma lâmina afiada para quem a encara. De
Suzana Vieira, o ar consternado, como de uma Pilar que acaba de ser
traída pelo médico garanhão. E Bárbara Paz, com lápis preto sob os
olhos, faz sua tradicional pose dark.
As atrizes globais, que fazem parte do elenco de Amor à Vida, de Walcyr
Carrasco, não posaram juntas para promover um filme de terror ou a
versão brasileira de "A família Adams". Elas estão em luto porque o
ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, garantiu a alguns
réus da Ação Penal 470 a primeira oportunidade de apelação no, segundo a
Globo, "julgamento do século".
Já houve um tempo em que atrizes, como Tônia Carrero e Norma Bengell, se
uniam em defesa da liberdade e lutavam contra uma ditadura, como na
imagem abaixo, da Passeata dos Cem Mil:
Hoje, as globais se unem em defesa do arbítrio e do atropelo ao direito
de defesa. A sorte é que a opinião delas não tem a menor importância. A
foto de 1968 entrou para a história. A de agora ficará restrita ao
Instagram de Barbara Paz (leia ainda o texto de Kiko Nogueira
sobre a "canastrice infringente" das atrizes globais no Diário do
Centro do Mundo. Segundo Kiko, as globais acabaram pagando um mico
tremendo)
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