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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 27, 2013

Requião denuncia “molecagem” da Globo



No último domingo, jornal O Globo publicou: “Embargos infringentes podem beneficiar 84 parlamentares no STF”; segundo o senador do PMDB-PR, a matéria coloca “no mesmo saco” todos os que são réus de ações penais no Supremo; reportagem inclui Requião como um dos possíveis “beneficiados”, já que o é processado naquele tribunal por calúnia contra o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
No último domingo, jornal O Globo publicou: “Embargos infringentes podem beneficiar 84 parlamentares no STF”; segundo o senador do PMDB-PR, a matéria coloca “no mesmo saco” todos os que são réus de ações penais no Supremo; reportagem inclui Requião como um dos possíveis “beneficiados”, já que o é processado naquele tribunal por calúnia contra o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.
Em discurso nesta quinta-feira (26), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) criticou o jornal O Globo pela publicação, no último domingo (22), da matéria “Embargos infringentes podem beneficiar 84 parlamentares no STF”. 
Na opinião do senador, a matéria coloca “no mesmo saco” todos os parlamentares que são réus de ações penais no Supremo. 
– Estou aqui com O Globo, jornal fundado pelo Irineu Marinho, posteriormente dirigido por Roberto Marinho e atualmente dirigido pelos netos do Irineu, os filhos do Roberto, que se dedicam, como verdadeiros moleques, a fazer molecagem na imprensa – disse. 
A matéria inclui Requião como um dos possíveis “beneficiados”, já que o senador é processado naquele tribunal por calúnia contra o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. 
– Aprendi há muito tempo, com meu avô sergipano, que quando você é mordido por um cachorro, você não bate no cachorro, você bate no dono do cachorro. 
E o dono dos dois jornalistas que escreveram essa maravilha aqui chama-se Roberto Irineu Marinho. 
É com ele que eu quero falar desta tribuna – afirmou. 
Requião disse que o jornal colocou no mesmo patamar parlamentares processados por crimes diversos, “de delito eleitoral por afixar cartazes em locais não permitidos a peculato, fraudes em licitações, injúria e mais”. 
Se uma pessoa desatenta ou desavisada ler a matéria, opinou o senador, acaba por acreditar que todos os 84 parlamentares que sofrem processo no STF são corruptos. 
– Eu não sou Marinho. Eu não estou devendo milhões de reais para a Receita Federal. Não estou me escondendo no poder de comunicação dos seus jornais. 
O Globo não se preocupa em separar alhos de bugalhos. 
Não se preocupa em mostrar as diferenças das acusações contra 84 políticos. Não! 
Para O Globo, buscar a verdade nos fatos, o fundamento do jornalismo, é apenas um detalhe absolutamente supérfluo – pontuou. 
Requião afirmou que os jornalistas de O Globo sequer o procuraram para que ele contasse sua versão sobre o processo no STF, nem pesquisaram seu processo no Supremo, que inclui parecer do Ministério Público favorável a ele. 
– Isso é um trabalho que os moleques a serviço do Roberto Irineu Marinho – parece que esse é o nome da peça rara –, esse é um trabalho a que eles não se dão. 
Repudio esta molecagem de O Globo e dos Marinho, essa reportagem maliciosa, aleivosa, malandra, safada. 
Não podemos continuar alvos de safadezas como essas, desse jornal safado, dirigido por malandros, que é O Globo – concluiu Requião depois de pedir o apoio dos deputados a seu projeto de lei que estabelece regras para direito de resposta por matéria ofensiva na imprensa.
do Blog do Esmael
*cutucandodeleve

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