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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, outubro 01, 2015

Força Aeroespacial russa começaram a realizar ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico na Síria.

Bombardeiros táticos Su-34

Rússia  começa golpes aéreos na Síria

© Sputnik/ Host Photo Agency / Vladimir Vyatkin

Rússia combate Estado Islâmico na Síria (15)
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O Ministério da Defesa da Federação da Rússia informou que os aviões da Força Aeroespacial russa começaram a realizar ataques aéreos contra as posições do Estado Islâmico na Síria.

As Forças Aeroespaciais russas deram início à operação aérea contra os terroristas do Estado Islâmico na Síria, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov.
Os ataques são destinados a destruir equipamentos militares, centros de comunicação, transporte, armazenagem de armas, munições, combustível e lubrificantes, pertencentes aos terroristas do Estado Islâmico.
Mais cedo, uma fonte nos EUA precisou que Moscou tinha notificado Washington com antecipação sobre a sua intenção de realizar golpes aéreos na Síria.
Informações sobre o início dos ataques surgiram mais cedo nesta quarta-feira, mas agora veio a confirmação oficial.

Segundo umas fontes, a Rússia pediu que a coalizão, liderada pelos EUA, que tem realizado a operação contra o Estado Islâmico, retirasse a sua aviação do céu sírio. Agora, o Pentágono afirmou que não vai fazer isso, e a coalizão irá continuar os ataques aéreos no Iraque e na Síria.
Mais cedo nesta quarta-feira (30), o Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo) aprovou um projeto proposto pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, que autoriza o envio das Forças Armadas do país para o estrangeiro.
Segundo as autoridades, se tratava só da Força Aérea russa, que iria prestar ajuda aos sírios exclusivamente no combate ao Estado Islâmico (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).
Esta ajuda vem depois de um pedido oficial de Damasco.
Mais cedo, informou-se que os primeiros aviões russos já decolaram rumo à Síria.


Leia mais: http://br.sputniknews.com/mundo/20150930/2280976/eua-indicacoes-russia-comecou-golpes-na-siria.html#ixzz3nHeYszJn

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