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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, setembro 03, 2013

Garoto amputado realiza sonho e nada com golfinho com prótese de cauda


Cieran Kelso, de 8 anos, perdeu parte das pernas por causa de meningite. Ele mergulhou nos EUA com o golfinho fêmea Winter, que perdeu a cauda.
Garoto que perdeu parte das pernas com o golfinho Winter (Foto: Jim Damaske/'Tampa Bay Times'/AP)
Garoto que perdeu parte das pernas com o golfinho Winter (Foto: Jim Damaske/’Tampa Bay Times’/AP)
Um garoto britânico de 8 anos que perdeu parte das duas pernas ainda bebê por conta de uma meningite realizou um sonho: mergulhar com o golfinho Winter, uma fêmea que perdeu sua cauda em um acidente com uma armadilha de caranguejos e posteriormente recebeu uma prótese do órgão.
O encontro aconteceu no tanque do Aquário Marinho de Clearwater, nos EUA, no dia 16 de agosto, mas a imagem foi divulgada no último domingo (1º) pela agência Associated Press.
Chamado Cieran Kelso, o garoto adora nadar, mas após as amputações passou por muita dificuldade para isso, de acordo com a Associated Press.
O pai de Kelso e sua madrasta conseguiram arrecadar milhares de dólares, após as amputações, para confeccionar um par de nadadeiras que poderiam ser adaptadas às proteses que o menino utilizada, para que ele pudesse mergulhar, afirmou o jornal “Daily Mail”, à época.
‘Flipper’
O uso das próteses rendeu o apelido de “Flipper” para o garoto em seu país.
Uma agência de viagens da Flórida soube da história do garoto e de sua “obsessão” pelo filme “Winter, o Golfinho” (“Dolphin Tale”, no título em inglês), que conta a história da fêmea nariz-de-garrafa Winter e teve a participação de atores como Morgan Freeman e Ashley Judd.
A agência , então, pagou a visita de Kelso e de sua família ao aquário da Flórida, onde o golfinho é mantido. O garoto pôde brincar na água com o animal e realizar seu sonho.
O aquário onde o animal é mantido correu o risco de fechar, quando passava por uma séria crise, em 2005, ano em que Winter chegou após ser vítima da armadilha. O golfinho passou a nadar sem o órgão e posteriormente se adaptou a uma prótese feita sob medida.
A presença de Winter quadruplicou o público do aquário e originou uma linha de brinquedos, livros e outros produtos que permitiram que o aquário permanecesse aberto.
*deficienteciente

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