Hoje é um dia de agenda reservada para a Presidenta Dilma
Rousseff e os jornais especulam que ela poderia ter um encontro privado
com o Presidente Barack Obama.
Não é crível.
Só poderia acontecer se os canais diplomáticos americanos fizessem chegar antecipadamente a intenção norte-americana de uma retratação – e pública – pelo episódio do grampo sobre as comunicações do governo brasileiro.
Fora disso, seria um constrangimento para a mandatária brasileira ver-se obrigada – exceto pelo protocolo público da reunião do G-20 – a atos de amabilidade com um chefe de Estado que não apenas violou a soberania brasileira como se recusa sequer ao compromisso de não mais fazê-lo.
Para nada, para que um encontro? Para uma exibição hipócrita de sorrisos ou, inútil, de carrancas?
Diplomacia se faz buscando efeitos objetivos, não convescotes de amabilidades ou arreganhos de valentia.
O dia tem tarefas muito mais produtivas para Dilma: a articulação de uma “resposta” econômica à desestabilização das economias emergentes pelo provável fim do “quantitative easing” – a política de expansão monetária em vias de revogar-se nos EUA – com a criação de um fundo de reservas entre os Brics, bem como um banco de fomento multilateral entre Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
E, ao lado destas conversações econômicas, a busca de uma articulação para que os Brics se tornem não apenas um conjunto de interesses econômicos mas, também, um bloco de poder político mundial, como o seu tamanho na economia, na população e na geografia mundial torna inadiável.
Não importa que seja da índole de Barack Obama ter gestos simpáticos com a presidenta brasileira, ou que esta, pessoalmente, seja capaz de dialogar com o mandatário americano sobre qualquer assunto, em termos civilizados.
Um encontro entre ambos, privado ou semiprivado, sem um reconhecimento de erro e o compromisso de evita-lo, de agora por diante, representaria o conformismo brasileiro com a violação de fato e de direito de nossa soberania.
O Brasil apresentou seu pedido de explicações, e as quer escritas, no papel.
Não em sorrisos.
Por: Fernando Brito
Não é crível.
Só poderia acontecer se os canais diplomáticos americanos fizessem chegar antecipadamente a intenção norte-americana de uma retratação – e pública – pelo episódio do grampo sobre as comunicações do governo brasileiro.
Fora disso, seria um constrangimento para a mandatária brasileira ver-se obrigada – exceto pelo protocolo público da reunião do G-20 – a atos de amabilidade com um chefe de Estado que não apenas violou a soberania brasileira como se recusa sequer ao compromisso de não mais fazê-lo.
Para nada, para que um encontro? Para uma exibição hipócrita de sorrisos ou, inútil, de carrancas?
Diplomacia se faz buscando efeitos objetivos, não convescotes de amabilidades ou arreganhos de valentia.
O dia tem tarefas muito mais produtivas para Dilma: a articulação de uma “resposta” econômica à desestabilização das economias emergentes pelo provável fim do “quantitative easing” – a política de expansão monetária em vias de revogar-se nos EUA – com a criação de um fundo de reservas entre os Brics, bem como um banco de fomento multilateral entre Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
E, ao lado destas conversações econômicas, a busca de uma articulação para que os Brics se tornem não apenas um conjunto de interesses econômicos mas, também, um bloco de poder político mundial, como o seu tamanho na economia, na população e na geografia mundial torna inadiável.
Não importa que seja da índole de Barack Obama ter gestos simpáticos com a presidenta brasileira, ou que esta, pessoalmente, seja capaz de dialogar com o mandatário americano sobre qualquer assunto, em termos civilizados.
Um encontro entre ambos, privado ou semiprivado, sem um reconhecimento de erro e o compromisso de evita-lo, de agora por diante, representaria o conformismo brasileiro com a violação de fato e de direito de nossa soberania.
O Brasil apresentou seu pedido de explicações, e as quer escritas, no papel.
Não em sorrisos.
Por: Fernando Brito
*Tijolaço
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