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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, março 09, 2014

 Partido Militar Brasileiro deve concorrer às eleições de 2016


Partido Militar Brasileiro deve concorrer às eleições de 2016
Líderes do PMB já coletaram 320 mil das 492 mil assinaturas necessárias para regulamentação da legenda
As lideranças do Partido Militar Brasileiro (PMB) estão perto de conseguir a regulamentação da sigla. Das 492 mil assinaturas exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a criação de novas legendas, 320 mil já foram conquistadas.

Segundo Augusto Rosa, capitão da Polícia Militar de São Paulo e fundador do partido, os militares devem entrar na disputa eleitoral apenas em 2016, nos pleitos municipais. Mesmo assim, a estimativa é que cerca de mil municípios brasileiros já contem com representantes do PMB. O número solicitado ao TSE é 99, “para mostrar que estamos à extrema direita de tudo o que existe na política hoje”, indica Rosa.

Um dos nomes envolvidos com a criação da sigla é o coronel Marcos Pontes, conhecido por ser o primeiro brasileiro a ir ao espaço, em 2006. ”O apoio do coronel Pontes dá credibilidade ao nosso projeto de extrema direita dentro da democracia”, declara o capitão.

O Partido Militar Brasileiro é idealizado, de acordo com seu próprio estatuto, para atender à “necessidade de a sociedade brasileira resgatar a ética, a moral e a honestidade na política nacional”. Seus valores máximos são pátria, honra, moral e ética.

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