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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, agosto 09, 2013

Por um PT socialista, vote Serge Goulart!


Por Colaborador CS

A escolha da direção do Partido dos Trabalhadores (PT), com eleição marcada para 10 de novembro, será um importante espaço para discutir a retomada da perspectiva socialista. Essa é a análise dos filiados que assinam a tese da chapa “Virar à esquerda! Reatar com o socialismo!”. O candidato apresentado por eles à presidência nacional da sigla é o ex-coordenador do Movimento das Fábricas Ocupadas Serge Goulart. 

  
De acordo com os militantes da Esquerda Marxista, corrente petista que também já apresentou a mesma tese em 2009, o objetivo será dialogar com os filiados fiéis à luta da classe trabalhadora por uma sociedade socialista. A tese de número 290 defende a ruptura da política de alianças com partidos burgueses, a qual expressaria “nada mais que a adaptação aos setores capitalistas e o abandono da luta pelo socialismo”. 


Como contraponto, apresentam a ideia de fazer um governo socialista do PT, apoiado na Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e demais organizações populares.


Para deixar claro as diferenças diante das demais chapas que participam da disputa, eles enfatizam que sua tese representa um programa operário e socialista. 


Virar à esquerda! Reatar com o socialismo!


Se você é filiado ao Partido dos Trabalhadores e não concorda com a postura conciliadora e oportunista que a direção cê-ene-bista do partido vem apresentando, assine a tese Virar à esquerda! Reatar com o socialismo! e ajude a construir um PT pela base, dos trabalhadores e socialista. 
*centrodosocialismo

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