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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, agosto 08, 2013

"REPUDIAMOS O TROTE MACHISTA DA FACULDADE MACKENZIE/SP "

SIMPLESMENTE ABOMINÁVEL..ATÉ QUANDO TANTO ÓDIO E DESRESPEITO COM AS MULHERES? A.Cotta
"REPUDIAMOS O TROTE MACHISTA DA FACULDADE MACKENZIE/SP "


A Faculdade de orientação PROTESTANTE E CALVINISTA PERMITE MISOGINIA DENTRO DE SEU CAMPUS?

Postamos uma imagem agora pouco de uma denuncia de trote na faculdade PRESBITERIANA MACKENZIE. Mas a denunciante foi coagida através de ameaça de processo pelo homem que aparece nas imagens.

O Trote quis mostrar as mulheres como "cadelas" colocaram coleiras nelas e fizeram elas andarem de 4 em publico.

Não elas não são culpadas disso,elas são mulheres oprimidas e estes homens usam de uma opressão histórica para submeter as mulheres.

Mesmo que os organizadores não obriguem ninguém a participar, o clima de entrada na universidade promove, muitas vezes, pressão sobre os calouros a realizarem algumas tarefas.

Há uma hierarquia entre veteranos e calouros em que o veterano fala e o calouro faz. Ele [calouro] quer ser aceito, fica esse terror de se você não participar do trote você não faz amigos, você é careta, o que é uma grande mentira.

Sobre a participação das próprias mulheres no trote : Elas não são culpadas pelo machismo, longe disso, mas acabam reproduzindo determinadas relações e não deixam de ser oprimidas por isso. Já ouvimos meninas dizerem que tem vergonha e medo de dizer que não querem participar.

O discurso do humor que justifica atividades “apenas brincadeiras” servem de disfarce para a discriminação “Falam que os protestos são politicamente corretos, mas na verdade estas pessoas reproduzem o discurso de objetificação da mulher, o discurso de violência. São pessoas que sabem o que fizeram de errado e não querem arcar com as consequências”

Vamos postar a imagem sem o rosto do fulano, mas ele sabe que trata se dele, e se não quer exposto é por que sabe que agiu errado.
*Feminismo sem demagogia

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