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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 05, 2013

Presidenta quer um pedido de desculpas oficial do governo dos Estados Unidos

Dilma está furiosa



Presidenta quer um pedido de desculpas oficial do governo dos Estados Unidos






Presidente quer um pedido de desculpas oficial do governo dos Estados Unidos



Assessor do alto escalão do governo brasileiro disse, nesta quarta-feira, que presidente Dilma Rousseff está "furiosa" com o governo dos EUA depois das denúncias de que foi espionada em suas atividades pessoais pelos órgãos de segurança da Casa Branca. Ela está tão aborrecida que está considerando cancelar a viagem marcada para Washington em outubro e pensa em reduzir os laços comerciais com o Tio Sam, se não houver uim pedido de desculpas formais do governo americano.



O programa "Fantástico", da TV Globo, divulgou no domingo que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) espionou emails, telefonemas e mensagens de texto de Dilma e do presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, quando ainda era candidato. A reportagem baseou-se em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden.



Se Dilma cancelar a viagem, uma das consequências seria a interrpção das negociações da compra pelo Brasil de caças norte-americanos, um negócio de 4 bilhões de dólares. Além disso, Dilma discutiria com Obama acordos de cooperação nas áreas de petróleo e biocombustíveis.



Dilma já está em St. Petersburg para a Cúpula do G-20 e terá que se encontrar com Obama. Pode reinar uma saia justa entre os dois, assim como pode rolar outra entre Obama e Putin, por causa da Síria.

*Ajusticeiradeesquerda

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