Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, fevereiro 04, 2014

    Canalhices GROBAIS




Ontem na GROBONIUS, mais precisamente no Em Pauta (um dos humorísticos mais tristes do noticiário brasileiro) aquela moça que mora em Neviorque, com pescoço de galinha pelada, acho que a Sandra Coitinho; falava da morte de Philip Seymour Hoffman.

Impressionante o nível de desinformação e acobertamento da GROBO! 

Ela disse que ele morreu provavelmente de overdose de heroína. Se fosse parar aí, tudo bem, é fato. O foda é que ela acrescentou informação de maneira incompleta, ela disse que, hoje em dia, com a volta da produção de ópio no Afeganistão, a heroína é super barata em Neviorque, algo entre U$8 e U$ 10 a dose.

Bom, já que ela mencionou o preço a a razão de ser tão baixo, faltou ela informar que a produção só voltou a carga depois que os Talebãs foram removidos do poder no Afeganistão! 


Depois da invasão estadunidense a produção de ópio aumentou mais 1000%. Os Talebãs proibiam e puniam severamente quem cultivasse ópio, cujo controle estava anteriormente (e agora deve ter voltado a estar) nas mãos de agentes da CIA, que tem liberdade para se autofinanciar, CONSTITUCIONALMENTE. Uma das principais formas de arrecadação de recursos para a CIA é o tráfico de drogas diversas. Há que diga que a "Guerra às Drogas" é só para controlar a oferta e assim aumentar os preços no mercado, valorizando as "ações" da CIA. 

O episódio Iran/contras, com a participação especial do ditador fantoche, Manuel Oriega, trouxe à baila a canalhice estadunidense de promover uma "guerra às drogas" em casa, e financiar produção e distribuição (TRÁFICO) fora de casa!
*AmoralNato

Nenhum comentário:

Postar um comentário