Quem
vive em São Paulo sabe, imagina, ou ao menos deveria pensar: a cidade é
o caos. As administrações que se sucederam, ao longo das décadas,
falharam no planejamento urbanístico. O crescimento desordenado tornou
insustentável a locomoção, o acesso ao trabalho, e quase eliminou as
opções de lazer.
São Paulo é o paradigma de outras cidades que caminham desesperadamente para tornar a vida de seus cidadãos insuportáveis. Valorização do carro, especulação imobiliária, expulsão das camadas pobres para as periferias, medidas fundamentais da cartilha do gestor público brasileiro.
Não só exclusividade do gestor, mas o Judiciário trabalha incrivelmente bem rumo ao inferno urbano. É um desafio encontrar algum julgado que decida pelo direito de ter um teto sobre a cabeça. Na maioria das vezes, nem é um teto sob discussão, são comunidades inteiras. Um caso concreto? Pinheirinho. Quiçá a mais escabrosa desocupação da história do país. Tudo por uma massa falida. Apenas um exemplo dentre inúmeros outros.
Neste sentido, tradicionalmente, quando o Executivo, Legislativo e os Tribunais são acionados para decidir entre o Direito à Moradia e o Direito à Propriedade (ambos constitucionais), decidem pelo segundo. Quando o dilema gira em torno do coletivo em face do individual, geralmente, o foco é no singular, como se percebe pelo tratamento aos carros.
Resultados dessas opções políticas são os mais visíveis. Basta ver as milhões de residências vazias paulistanas frente à horda de pessoas sem ter onde morar. Ganha normalmente quem possui maiores recursos para contratar o melhor advogado. E claro, quem não tem casa, certamente não possui um advogado. Não há uma lógica justa, ou melhor, se há lógica, ela é perversa.
São Paulo é o paradigma de outras cidades que caminham desesperadamente para tornar a vida de seus cidadãos insuportáveis. Valorização do carro, especulação imobiliária, expulsão das camadas pobres para as periferias, medidas fundamentais da cartilha do gestor público brasileiro.
Não só exclusividade do gestor, mas o Judiciário trabalha incrivelmente bem rumo ao inferno urbano. É um desafio encontrar algum julgado que decida pelo direito de ter um teto sobre a cabeça. Na maioria das vezes, nem é um teto sob discussão, são comunidades inteiras. Um caso concreto? Pinheirinho. Quiçá a mais escabrosa desocupação da história do país. Tudo por uma massa falida. Apenas um exemplo dentre inúmeros outros.
Neste sentido, tradicionalmente, quando o Executivo, Legislativo e os Tribunais são acionados para decidir entre o Direito à Moradia e o Direito à Propriedade (ambos constitucionais), decidem pelo segundo. Quando o dilema gira em torno do coletivo em face do individual, geralmente, o foco é no singular, como se percebe pelo tratamento aos carros.
Resultados dessas opções políticas são os mais visíveis. Basta ver as milhões de residências vazias paulistanas frente à horda de pessoas sem ter onde morar. Ganha normalmente quem possui maiores recursos para contratar o melhor advogado. E claro, quem não tem casa, certamente não possui um advogado. Não há uma lógica justa, ou melhor, se há lógica, ela é perversa.
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