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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 01, 2014

247 - Prestes a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em março, o ministro Ricardo Lewandowski afirmou ao blogueiro Eduardo Guimarães, em um telefonema no último dia do ano, que crê "que os rumos da Justiça brasileira serão corrigidos". Na defesa de teses no Supremo, Lewandowski é o que mais se contrapõe às decisões do atual presidente, o ministro Joaquim Barbosa. Também reclama, com frequência, da forma autoritária como Barbosa encaminha certas questões. 
Ao dizer que pretende corrigir os rumos da Justiça, Lewandowski faz uma crítica clara e objetiva ao atual presidente, que fez do julgamento da Ação Penal 470, o mensalão, seu possível trampolim para uma carreira política. O comentário serve também de crítica a forma como Barbosa encaminhou as prisões dos condenados na ação, priorizando os petistas, colocando-os em regime diverso ao que determinou as decisões (em regime fechado ao invés do semiaberto), e deixando livres réus confessos, como Roberto Jefferson, que assumiu ter administrado R$ 4 milhões para o caixa 2 do PTB.
Quando houver a mudança de comando na Suprema Corte, o atual presidente deve antecipar sua aposentadoria para não ser presidido pelo colega Lewandowski e também para dar prosseguimento a seus projetos eleitorais.
Abaixo a postagem feita pelo blogueiro Eduardo Guimarães em seu perfil no Facebook:
Companheiras e companheiros, concluo as minhas postagens no Facebook em 2013 com um relato. Como ajudava a esposa com a ceia que preparamos para filhos e netos, não ouvi o celular tocando. Quando vou vê-lo, há seis ligações não atendidas. Todas do mesmo número. Como o número era privado, não pude retornar.
Mas, agora com o aparelho no bolso, ouço e atendo a sétima ligação do mesmo número. A ligação com os votos de bom Ano Novo dessa importantíssima figura da vida nacional foi dirigida a este que escreve e à sua família, mas divido com todos vocês porque vossa leitura e divulgação de meu trabalho como blogueiro os torna partícipes dele.
Mais uma vez, o ministro Ricardo Lewandowski reafirma sua leitura diária do Blog da Cidadania, cobre-me de elogios e reafirma, igualmente, sua crença em que os rumos da Justiça brasileira serão corrigidos. Como disse a ele, cada um de nós faz o que está ao seu alcance para melhorar este país. Eu, Lewandowski e vocês somos apenas engrenagens da mesma máquina que trabalha a todo vapor pela democracia brasileira. Feliz 2014, companheiras e companheiros. A luta continua. Eduardo Guimarães e família.
*Brasil247

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