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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, fevereiro 07, 2014

A FACÇÂO CRIMINOSA PCC É UMA CRIAÇÃO DE 20 ANOS DE TUCANOS EM SP


O ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato ao governo de São Paulo, atacou a política de segurança de Alckmin e comentou o pedido de asilo da médica cubana em entrevista à Folha.
 
Alguns trechos:
Sobre o PCC
 
Foi uma criação no governo deles [do PSDB]. Vinte anos atrás, quando eles assumiram o governo, não tinha o PCC, e agora tem. Falta coragem ao governo do Estado de São Paulo para enfrentar o que precisa ser enfrentado.
Sobre a médica cubana
Tenho a dizer que o governo brasileiro firmou uma parceria com a Opas, braço da ONU para saúde nas Américas. Ela formalizou um contrato com a área de saúde de Cuba, que segue regras semelhantes em outros 60 países. Não é um acordo que tenha por objetivo dar sustentação política a qualquer governo. Temos mais de cinco mil médicos realizando um atendimento aprovado pela população exatamente nas áreas onde não temos profissionais para cuidar dos brasileiros mais carentes. Agora, casos isolados devem ser analisados individualmente, sempre respeitando as decisões pessoais, mas também as regras contratadas ente as instituições e seus profissionais. São regras transparentes que definem a relação das instituições e o contrato delas com os profissionais.
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Padilha padilhou !
Numa entrevista à Folha – pag. A8 -, Alexandre Padilha, o que vai chegar de jaleco branco para tirar os tucanos do poder, meteu o dedo no câncer tucano de São Paulo:
“O PCC é uma criação dos 20 anos do Governo do PSDB, não existia antes e hoje tem !”
Interessante que os telejornais (?) do Gilberto Freire com “i” preferem se referir ao PCC como “organização criminosa que age nos presídios de São Paulo”…
Padilha foi o primeiro petista a falar em “herança maldita” dos tucanos.
Esse caminho é promissor: enfiar a insegurança pela goela abaixo dos tucanos.
Depois, o Padilha pode seguir o trilho do Haddad, os transportes: os tucanos fizeram 74 quilômetros de metrô em 20 anos, e produziram, no lugar da cratera do Cerra, um robusto trensalão.
Clique aqui para ler o artigo do Adi Lima, da CUT, sobre o descalabro tucano nos transportes.
Por falar nisso, cadê a galera da doença infantil do transportismo, o MPL ?
Desistiu de derrubar o Haddad ?
As câmeras da Globo sumiram ?

Paulo Henrique Amorim
*militanciaviva

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