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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, março 25, 2012

Dia 29 /03 Palestra do Embaixador do Irã

"A visão do Irã sobre a geração de energia,principalmente nuclear,e a conjuntura internacional"



A Associação dos Engenheiros da Petrobrás, AEPET, Sindicato do Petroleiros do Rio de Janeiro-SINDIPETRO, CGTB e o Partido Pátria Livre-PPL  têm a satisfação de convidar a todos para a palestra "A visão do Irã sobre a geração de energia nuclear e a conjuntura internacional", a ser proferida pelo embaixador do Irã no Brasil, dr. Mohammad Ali Ghanezadeg Ezabadi. Na oportunidade serão abordados temas como  As novas sanções contra o Irã, o Programa nuclear iraniano, a Proposta iraniana de energia nuclear para todos e armas nucleares para país nenhum ,  a Política iraniana de petróleo , o Modelo de desenvolvimento iraniano,  A questão dos Direitos Humanos e as relações bilaterais Brasil-Irã.
Na oportunidade o Embaixador iraniano responderá a todas as questões formuladas. O evento será realizado na Associação Brasileira de Imprensa-ABI, na Rua Araújo Porto Alegre 71/7º andar, no dia 29 de março, às 18:30 horas. A entrada é franca. Haverá tradução do persa/farsi para o português.
O evento destina-se a permitir que seja conhecida a visão da República do Irã já que, até o momento, a opinião pública não tem oportunidade de conhecer outra posição que não seja aquela  divulgada pelos conglomerados midiáticos ocidentais, comprometidos em princípio editorialmente com os interesses das grandes empresas transnacionais do petróleo.
Assim, pretende-se permitir ao público acesso a uma informação plural e diversificada sobre as razões  que estão provocando uma escalada de tensão naquela região do planeta, alvo de intensa intervenção militar estrangeira, com grave prejuízo para a soberania e a independência das nações ali situadas
*SoaBrasil

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