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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, abril 08, 2015

"Sólo Rusia y China pueden poner fin al terror de EE.UU."


Reuters
Rusia y China son las únicas naciones que pueden oponerse y poner fin al terror global de EE.UU., que realiza una política expansionista por todo el mundo, opina el autor de la revista austríaca 'Contra Magazin', Henry Paul.
Los objetivos militares de EE.UU. están claramente expresados en la doctrina Wolfowitz, hecha pública en 1992, escribe Henry Paul en su artículo publicado por 'Contra Magazin'. "Nuestro primer objetivo es prevenir el retorno de un nuevo rival, ya sea en el territorio de la antigua Unión Soviética u otra parte, que pueda presentar la misma amenaza al orden que anteriormente suponía la URSS", expresa dicho documento. 
"Es el factor principal que forma la base de la nueva estrategia de defensa regional y debemos hacer todo lo posible para prevenir que un poder hostil, cuyos recursos, bajo un control consolidado serían suficientes para generar un poder global, domine una región", se explica en la doctrina. 
EE.UU. sabe que el continente europeo-euroasiático sería la región económica y política más poderosa del mundo
En opinión de Paul, después de la Segunda Guerra Mundial, EE.UU. quiere ampliar y usar su poder económico, militar y político hasta que en el planeta no quede ningún país soberano. EE.UU. ha conquistado el 65% de los países en todo el mundo y los ha obligado a aplicar la política exterior estadounidense, expresa el autor, añadiendo que "EE.UU. no sólo aumenta su territorio a costa de otros países, no sólo envía su armada a todos los océanos, sino que afirma que todos estos países y océanos son su zona de influencia, un territorio que debe defender".
Desde el punto de vista de EE.UU., su zona de influencia también incluye el continente euroasiático. "Ni Rusia, ni Georgia, ni Uzbekistán o Azerbaiyán, ni todos los demás países tienen derechos nacionales en su propio territorio", denuncia Paul.
La colaboración económica entre Rusia y Europa molesta a EE.UU. de tal manera que llevan décadas intentando provocar discordia entre las partes e impedir incluso una débil alianza política ruso-europea, escribe el autor, añadiendo que "EE.UU. sabe que el continente europeo-euroasiático sería la región económica y política más poderosa del mundo", lo cual supondría "una amenaza directa contra la ideología del dominio mundial de EE.UU."
"Rusia y China son los únicos poderes mundiales que podrían poner fin al terror de EE.UU. sin guerras ni ataques nucleares", expresa Paul. Al mismo tiempo señala que es importante no provocar a EE.UU. a lanzar el primer ataque nuclear. "Previamente, los países deben ponerse de acuerdo sobre si quieren un gobierno mundial totalitario de EE.UU. o un mundo libre", concluye el autor.
*RT

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