Datafo: tempestade sobre a cabeça de Serra
Está
fechando o tempo sobre Serra na disputa à prefeitura Paulistana. Dois
dados colhidos da mais recente pesquisa Datafolha desta última semana de
maio mostram um quadro preocupante para a almejada vitória do
candidato.
O menos
grave deles, ainda que perturbador aos que suportam a candidatura do
ex-governador, é o fato de que Dilma bateria o cabeça de chapa tucano
por 56% a 21% se as eleições presidenciais fossem hoje.
Mesmo
considerando que os números refiram-se ao País como um todo e não
exclusivamente a São Paulo, é de supor-se que haja diferença
igualmente ampla a favor da presidente no município.
A vantagem
da presidente vis-à-vis seu ex-contendor é tão mais preocupante para
Serra quando levado em consideração que também nesta pesquisa a
mandatária alcança elevados 64% de índice de ótimo e bom entre os
eleitores, sendo pelo menos 55% entre os extratos sociais com renda
superior a 10 salários mínimos e com nível superior de escolaridade,
exatamente o segmento junto ao qual o PSDB tem sua fatia mais fiel de
votantes.
Faz soar
todas as sirenes do palácio dos bandeirantes, no entanto, outro dado
ainda mais relevante para as pretensões tucanas de que o partido volte
ou mantenha-se - como é o caso – no comando da prefeitura de São
Paulo: a preferência de 60% de eleitores de Serra por Dilma Russef numa
eventual nova eleição.
O número é
coerente com o de outras pesquisas que haviam colhido o mesmo movimento
de migração de preferências, entre o eleitorado tucano do ex-governador,
para a presidente da Republica.
Como Dilma
Russef será um dispositivo importante na campanha do candidato Haddad na
campanha que se aproxima, há muito que temer diante da hipótese de
reprodução de um segundo turno das eleições presidenciais agora em São
Paulo, cujo desfecho a pesquisa publicada parece antecipar.
O tempo
fecha literalmente sobre o acuado Serra, sobretudo se outra revelação da
pesquisa for também computada às tendências de voto das classes altas: a
do eleitorado de baixa renda, que disse preferir na proporção de 57% a
32% a candidatura de Lula para presidente da República ao invés de
Dilma.
Sendo Lula o
dispositivo principal do candidato Fernando Haddad, que contará também
com Dilma em palanque, Serra vê-se na contingência de ou sair correndo
na tempestade que se aproxima e ser arrastado pelas águas do
voto popular ou então permanecer escondido nos bairros nobres da
cidade e ser eletrocutado ali mesmo pela alta vontagem do raio do voto
escolarizado
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