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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, abril 22, 2012

Faça revolução para a juventude, Presidenta!


Falta uma grande revolução para a presidenta Dilma Rousseff fazer no Brasil e que não custa nada apenas a sua vontade política: transformar as empresas brasileiras em OFICINAS ESCOLAS para que a classe empresarial possa contribuir para a formaçao profissional dos jovens de 14 aos 18 anos filhos das famílias pobres socialmente excluídas que atualmente estão sem condições de buscar o seu futuro diante de uma legislação do menor irrealista que impede a educação pelo trabalho de toda uma juventude, condicionada por conceitos ultrapassadas, responsáveis por levar milhões de meninos e meninas para a completa marginalidade. Faz-se necessário a presidenta marchar, como fez hoje, no Dia do Exército, firme para resgatar uma grande vergonha nacional, a miséria que pode ser superada pela classe produtiva em parceira com o governo sem incorrer em nenhum gasto público. Ao contrário, estará propiciando, a custo zero, futuro venturoso para a juventude, que, treinada, educada e voltada para o conhecimento, representará a garantia da segurança do aumento da poupança nacional para elevar os investimentos que construirão a oferta e a demanda sustentáveis capazes de assegurar o desenvolvimento com justa distribuição da renda nacional, por meio do fomento decisivo do social capitalismo brasileiro.

A guerrilha urbana se aproxima

Este www.independenciasulamericana.com.br tem reiteradamente defendido a criação das EMPRESAS OFICINAS ESCOLAS para que se transformem nos maiores centros educacionais de formação técnica de mão de obra qualificada no Brasil preparando o país para as suas necessidades de futuro.

Como funcionariam essas EMPRESAS OFICINAS ESCOLAS?

O empresário, pragmaticamente, sem custo nenhum para a nação, se transformaria no maior educador nacional, abrindo sua empresa para os jovens de 14 aos 18 anos, quando teriam condições de iniciarem no trabalho, aprendendo um ofício que, certamente, seria a sua segurança no futuro, livrando-o da marginalização social.

Por esse projeto, o empresário, ao abrir sua empresa para os jovens iniciantes na labuta da vida, recolheriam ao Estado somente o seguro de acidente.

Não haveria justificativa para que recolhessem as demais contribuições sociais, como, por exemplo, a da aposentaria.

Estaria, nesse caso, contribuindo para a produção de aposentadorias precoces, cujos efeitos seriam os de elevarem, em escala insustentável, os custos da Previdência Social.

Ao lado do recolhimento do seguro de acidente, o jovem trabalhador dos 14 aos 18 anos trabalharia, tão somente, quatro horas por dia e ganharia meio salário mínimo.

Seria a alternativa para evitar o avanço da guerrilha urbana que cresce com a proliferação de jovens marginalizados não apenas nas grandes como também nas médias e pequenas cidades atraidos pelos narcotraficantes.

Desespero das mães pobres 

Quando as mães desesperadas gritam pelo nome dos seus filhos nas portas dos presidios, das febens, lá não estarão jamais as autoridades do governo para ampará-las, muito menos qualquer representante do Ministério do Trabalho, que tem sob sua responsabilidade a lei do menor, que se transformou, na prática, na condenação do menor, na medida em que não permite a ele saída da marginalização pelo trabalho na fase dos 14 aos 18 anos. Impede tal lei a participação da classe empresarial nesse esforço de resgate da juventude, algo que, atualmente, não deslancha porque ela não dispõe de nenhum incentivo capaz de atrai-la para essa causa. As mães desesperadas pobres de filhos e filhas prostituidos, sem oportunidade de trabalho, não têm outra alternativa senão assistirem seus herdeiros miseráveis serem atraídos pelos narcotraficantes, desviando-os definitivamente para a marginalidade condenando-os ao sacrifício eterno enquanto dormem o sono do conformismo os conservadores pregadores da proibição do trabalho do menor sob amparo de uma lei que é a anti-lei anti-cidadã.

Haveria condições para, ao lado do aprendizado de uma profissão, a preparação educacional, aliando teoria e prática à vida da juventude.

Por que o empresário não atua, ainda, nesse sentido?

Evidentemente, porque não vê nenhuma vantagem, nenhum incentivo para tanto.

Em vez de agir nessa linha, ou seja, contratar um iniciante, sem experiência, de vida e de trabalho, prefere contratar um trabalhador já treinado, com suficiente experiência, para tocar o seu negócio.

O custo de contratação de um jovem aprendiz é o mesmo que o empresário desembolsa para a contratação de um trabalhador suficientemente experimentado.

O pragmatismo determina a sua escolha.

Ora, o que caberia ao governo?

Estimular, evidentemente, a contratação dos jovens pelas empresas, concedendo-lhes vantagens comparativas, de modo a se sentirem motivadas a contribuir, decisivamente, para a formação profissional dos jovens nessa faixa etária em que eles, de acordo com os manuais de psicologia,  buscam a sua família vocacional, acessíveis aos ensinamentos.

Legislação incompetente das elites

Nas cadeias brasileiras estão sendo formadas as quadrilhas que promoverão a guerrilha urbana inevitável, se os jovens de 14 aos 18 anos não tiverem oportunidade de trabalhar, como ocorre, atualmente, cerceados por uma legislação burra que impede a cooperação governo-empresários, capaz de transformar cada empresa em OFICINA ESCOLA onde serão forjados os trabalhadores do futuro, plenamente organizados e preparados profissionalmente, a fim de contribuirem para o esforço do desenvolvimento econômico nacional sustentável, no contexto de uma nova situação histórica em que a América do Sul e o Brasil se transformam nos ricos do mundo, alvo das atenções dos investimentos que deixaram de se realizar nos países do primeiro mundo, atolados em crises deflacionárias. 

O que atrapalha a concecusão desse valoroso objetivo, que representaria passo decisivo para o país se ver livre da miséria social que está arrastando milhões de jovens para o crime, nos grandes centros urbanos, onde a violência ganha dimensão extraordinária, na expansão do comércio do tráfico, tendo como soldados desse empreendimento malígno os garotos de rua e os filhos das famílias mais pobres, que não dispõem de recursos para pagar e frequentar escolas técnicas, capazes de prepará-los para o trabalho profissional?

A maior culpada é a própria legislação do menor vigente no país.

Concebida com requintes de um pensamento aristocrático, distante dos interesses do povo mais pobre de um país em desenvolvimento, essa lei, preparada para vigorar numa Suissa ultradesenvolvida, transformou-se no maior entrave para o acesso dos jovens oriundos da pobreza ao mercado de trabalho.

Em primeiro lugar, o espírito dessa lei marginaliza o sagrado direito paterno e materno sobre os filhos.

Se o pai ou a mãe pega a filha ou filho pelas mãos e leva ele/ela a uma empresa, para solicitar ao empresário uma vaga para permitir ao jovem a iniciação ao trabalho, simplesmente, está desobedecendo a lei.

Se o empresário, por compaixão, se render a essa solicitação, será, duramente, punido.

Os pais perderam o direito sobre os próprios filhos.

Os futuros narcotraficantes

Eis aí os narcotraficantes do futuro, cujos pais, pobres e miseráveis,não podem colocá-los em uma escola profissional, a fim de adquirirem o conhecimento e a prática suficientes para ganharem maturidade e personalidade capaz de despertarem o conhecimento de si, tornando-os autoconfiantes e não sujeitos às armadilhas dos profissionais do trafico que os desencaminharão para sempre. 

Não os pais se responsabilizarem pelos próprios filhos, encaminhando-os ao trabalho, avalizando, perante o empresário, o seu gesto.

A lei, a maldita lei do menor, que não o protege, pelo contrário, o abandona, marginaliza os pais e os aparta dos filhos.

Emerge a grande contradição: a legislação proibe o jovem de trabalhar, mas quando, por falta de oportunidade e trabalho, esse jovem cai nas garras dos traficantes, ficam, totalmente, desamparados.

E se são trancafiados na Febem, não estará lá para protegê-los o Ministério do Trabalho, responsável pela elaboração da lei do menor que representa a condenação do menor.

Quem estará nessa hora, na porta dos presídios, gritando desesperadamente, sem ter o amparo do Estado, para minimizar o seu desespero?

Claro, as mães desesperadas.

Faz-se urgente acabar com a hipocrisia.

A lei do menor é a inimiga do menor.

Trata-se de o governo encaminhar ao Congresso projeto de lei que garanta ao menor de 14 aos 18 anos a possibilidade de trabalhar sem as exigências impostas aos empresários, hoje, obrigados a arcarem com custos de contratação de jovens inexperientes, semelhantes aos custos desembolsados para contratarem aqueles que acumulam experiência de trabalho.

Irracionalidade pura.

Prisioneiras da destruição humana

Aos país está proibido que levem suas filha menores para trabalharem em um comércio ou aprenderem uma profissão, conforme determina a lei do menor brasileira, mas a prostituição elas podem praticar. Trabalhar não pode, está proibido; prostituir-se pode, está liberado. O poder materno sobre as filhas não existe por conta de uma legislção laxista relativamente aos crimes de prostituição, ampliados porque as jovens não podem trabalhar; consequentemente, não terão condições de ter nenhum futuro.

Dos 14 aos 18 anos, os jovens, ao buscarem sua família vocacional, estarão ganhando, no trabalho nas empresas, a oportunidade de se desenvolverem psicologicamente, fortalecendo seu caráter, adquirindo a autoconfiança e a consciência de si.

Ao chegarem aos 18 anos, esses jovens, depois desse estágio preparatório, que custará, aos empresários, apenas, o recolhimento do seguro acidente, estarão com sua personalidade relativamente desenvolvida para enfrentar novas etapas, sabendo, conscientemente, o que quer, dispondo de condições para ganhar, no mínimo, três salários mínimos.

Poderão dispor do seu dinheiro numa fase em que a sua formação lhe abre novos horizontes ligados às fantasias adequadas ao desenvolvimento acelerado dos seus hormônios.

Se não tiverem essa oportunidade, para se tornarem seres equilibrados, como pressuposto do trabalho, se perderão, caindo nas mãos da marginalidade criminosa.

A criação das EMPRESAS OFICINAS ESCOLAS representará custo ZERO para os cofres públicos, porque a educação para o trabalho da juventude seria de responsabilidade dos empresários mediante autorização dos pais.

Ou seja, estaria restabelecido o direito de paternidade-maternidade sobre os filhos, algo inexistente, hoje, por conta da inexequível legislação do menor.

Chegou ou não a hora de dar um basta nos argumentos dos falsos moralistas que se levantam contra o trabalho do menor sob argumentos que não se sustentam, na medida em que desconhecem que o trabalho é valor que se valoriza, na medida em que desperta a consciência de si para si por si mesmo?

Fonte; IndependeciaSulAmericana
*SoaBrasil

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