Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, abril 19, 2012

Software permite usuário "viajar" pelo universo em um PC




Software foi criado pelo canadense Christopher Albeluhn com propósitos educacionais. Foto: ReproduçãoSoftware foi criado pelo canadense Christopher Albeluhn com propósitos educacionais
Foto: Reprodução
O "Sistema Solar" é um software de simulação criado para mostrar ao usuário "o seu quintal no universo". Criado por Christopher Albeluhn, o software - que é um projeto - quer crescer e se tornar uma referência educacional quando o assunto é inserir a tecnologia no aprendizado.
O programa nasceu a partir de uma brincadeira. "Eu estou na indústria de videogames há 7 anos com pessoas incríveis, mas a vida prega peças e eu fiquei desempregado. Eu precisava aumentar o meu portfólio. Eu comecei a criar a Terra em um videogame", contou Albeluhn. Rapidamente, ele tinha 8 planetas e 88 constelações.
"Conforma a tecnolgia avança, o modo como nós aprendemos também precisa avançar. Computadores não são mais grandes máquinas escondidas no porão. Eles podem caber na palma da sua mão", afirmou.Para o criador, o que torna o "Sistema Solar" diferente da maior parte de outras aplicações de exploração do universo é que o usuário nunca teve tanta liberdade e beleza à sua disposição. "Não é suficiente ler sobre o mundo ao nosso redor. Você precisa viver a experiência", finalizou o criador.
O software "Sistema Solar" pode ser acessado no site oficial. Atualmente, Albeluhn quer o apoio dos usuários para tornar o programa viável para PCs.



ASSISTA EM TELA CHEIA/SIMULAÇÃO


http://www.explorethesolarsystem.com/Explore_The_Solar_System.html

*Nina

Nenhum comentário:

Postar um comentário