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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, julho 07, 2010

Irã acuado se defendera






ISRAEL E EUA AMEAÇAM O IRÃ



Irã assegura que tem controlados todos os movimentos no Golfo Pérsico e que em caso de agressão atacará Israel e 32 bases de EEUU em Oriente Médio, que todos seus esforços se concentrarão em fechar o Estreito de Ormuz e que os interesses de EEUU e de Israel serão atacados ao redor do mundo.

As Forças Armadas do Irã estão vigiando de perto todos os movimentos e atividades das forças estrangeiras no Golfo Pérsico e no Mar de Omán, destacou um alto comandante militar iraniano no domingo.
“As missões da Armada não se limitam a tempos de guerra. Estamos fazendo patrulhas no Golfo Pérsico e o Mar de Omán, seguindo e rastreando os movimentos das forças estrangeiras” no ar, no mar e embaixo da água “, declarou hoje o Comandante da Armada o Contra-almirante Habibollah Sayyari.

Outra missão de suas forças será a proteção dos navios iranianos de comércio, sobre esta missão disse:” têm a tarefa de proporcionar segurança plena para os navios de comércio do Irã nas águas territoriais e no Golfo de Adén”.
A Armada iraniana já havia enviado várias flotillas de navios de guerra ao Golfo de Adén para defender seus navios de cargas e petroleiros das possíveis abordagens dos piratas somalíes.

No finais de maio, uma patrulha iraniana detectou a presença de um submarino nuclear de EEUU com armas nucleares no estratégico Estreito de Ormuz, que permite o escoamento de 90 % do petróleo produzido pelos estados do Golfo Pérsico, a Ásia, EEUU e Europa Ocidental.
Os militares iranianos e servidores públicos governamentais sempre advertiram que em caso de um ataque dos EEUU ou de Israel, o país centrará suas forças militares nas 32 bases estado-unidenses no Oriente Médio e em Israel; nos interesse desses países em todo mundo e fechará o estratégico Estreito de Ormuz. Estima-se que 40 % do fornecimento mundial de petróleo passa através desta via aquática.
FARS NEWS / GS NEWS

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