Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, abril 21, 2012


Dilma peitou os bancos.
O FHC ia vender o BB e a CEF

O Mantega espinafrou o spread dos bancos.

O BB cortou os juros.

A Caixa cortou os juros.

O Banco Central baixou a Selic, a caminho dos 8%.

A Febraban do Murilo Portugal foi enfrentar o Mantega e saiu pela porta dos fundos.

O HSBC e o Santander cortaram os juros.

O Bradesco cortou os juros.

O Itaú – que só reclama da inadimplência (por que não trata de analisar risco melhor ?)  – correu atrás e cortou os juros.

Agora, o BB e a Caixa aplicam um segundo round de corte de juros.

Se os bancos privados não forem atrás, de novo, vão continuar a perder mercado para o BB e a Caixa, como perdem desde 2008, quando demoraram a “sair da poça”.

Foi o Nunca Dantes quem destituiu o Meirelles – aquele que presidia o BankBoston – e fez o BB, a Caixa e o BNDES reduzirem os juros na marra para evitar a recessão.

Lula transformou aquele tsunami da Urubóloga na marolinha.

Agora, a JK de Saias peita os bancos e corta o lucro deles com spread ou sem spread.

Ou reduz os juros ou dança, não é isso, Portugal ?

E se não reduzir corre o risco de ficar com a fama de prejudicar o cliente.

Agora, amigo navegante, imagine se o Farol de Alexandria consegue levar às últimas consequências a fúria privatizante, aquela bandeira que ele tomou do Collor.

Imagine, amigo navegante,  se o Padim Pade Cerra ganha as eleições de 2002 e 2010.

Eles tinham vendido o Banco do Brasil e a Caixa.

Atesta esse documento que o Ministério da Fazenda preparou para o FMI.

Mais barato do que venderam a Vale – a pedido do Cerra, como demonstra o  Fernando Henrique.

Vendiam as joias da coroa.

O Francisco Grou tinha transformado o BNDES numa sub-seção do Morgan Stanley.

E o Cerra entregava o pré-sal à Chevron, como prometeu no WikiLeaks.

Eles queriam “virar a página” do varguismo.

E fugiram de navio, com o Lacerda a bordo, com medo do povo.

Como diria o CPC da UNE,  esse tucanos de São Paulo teriam feito do Brasil “um imenso Portugal”.

Ou, como diz o Delfim, os tucanos de São Paulo venderam as joias da família e aumentaram a dívida.

Sao uns jenios !

Esse Nunca Dantes …


Paulo Henrique Amorim

Nenhum comentário:

Postar um comentário