Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, março 18, 2013


Ahmadinejad quer ser o primeiro astronauta iraniano

Carolina Vilaverde
O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad anunciou nesta segunda-feira quais são seus planos para depois do mandato: ele quer visitar o espaço. Segundo uma agência de notícias do país, Ahmadinejad teria dito que está “disposto a ser o primeiro humano a ser lançado ao espaço por cientistas iranianos”.
Na semana passada, o Irã já havia despertado atenção para seu programa espacial ao comunicar o sucesso de uma missão: eles teriam enviado um macaco ao espaço e ele havia retornado em segurança. Apesar da declaração ser oficial, muitos ainda desconfiam da veracidade da informação.
mandato atual de Ahmadinejad acaba em agosto de 2013. Pela legislação atual, ele não pode ser eleito novamente. Enquanto isso, o programa espacial do Irã pretende colocar um astronauta no espaço nos próximos sete anos.
Mesmo se Ahmadinejad atingir seu objetivo, ele não será o primeiro iraniano a sair da Terra. A empresária Anousheh Ansari pagou 20 milhões de dólares por uma viagem ao espaço. A diferença é que a ricaça viajou até a Estação Espacial Internacional em 2006 numa nave russa.
*NINA

Nenhum comentário:

Postar um comentário