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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, março 17, 2013

ITÁLIA autoriza o uso medicinal da maconha

Itália autoriza uso medicinal da maconhaEnquanto a mídia do mundo inteiro se concentra na tediosa eleição do novo Papa, um fato histórico passou praticamente despercebido na Itália: a legalização do uso medicinal da cannabis.Sim, é isso mesmo: o berço do catolicismo careta é agora o mais novo destino legalizado do planeta! Publicado na Gazeta Oficial no último dia 23 de fevereiro, um decreto do Ministério da Saúde reconhece aquilo que voê já está cansado de saber:  os benefícios medicinais da cannabis são maiores do que seus possíveis danos à saúde e potencial de vício.
Assinado em janeiro pelo ministro da Saúde, Renato Balduzzi, o projeto de lei entrou em vigor em meados de fevereiro. Desde então, a cannabis foi enquadrada em uma nova tabela de riscos (seção B), seguindo os princípios da Convenção das Nações Unidas sobre Drogas. Isso significa que está autorizado o uso da erva em todas as suas formas, desde que para fins medicinais. A medida tem o aval do Instituto Superior de Saúde, Conselho Superior de Saúde e  Departamento de Políticas Anti-Drogas da Itália.
O mais recente país da Europa a legalizar a maconha medicinal, depois da República Tcheca, a Itália agora será mais verde e florida do que nunca! Clique aqui para conhecer a íntegra do decreto oficial divulgado pelo governo italiano. Agora SÓ falta o Brasil acordar e deixar de lado a babaquice proibicionista em nome da saúde de milhões de pessoas que se beneficiarão com a legalização da maconha. 
*coletivoDAR

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