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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, março 05, 2013

nossa geração vai resolver o problema da água no Nordeste, afirma Dilma



A presidenta Dilma Rousseff visitou, nesta segunda-feira (4), a 1ª etapa das obras do Sistema Adutor das Vertentes Litorâneas da Paraíba – ou Canal Acauã-Araçagi, em Itatuba (PB), que terá 112,5 km de extensão e beneficiará cerca de 300 mil pessoas. Em seu discurso, Dilma afirmou que o problema da água no Nordeste será resolvido, e que o recurso chegará às torneiras das donas de casa e às plantações da região do semiárido.

“Essa obra é um símbolo do apreço da importância da prioridade que o governo federal dá à questão da água. (…) A nossa geração vai resolver o problema da água aqui no Nordeste. (…) Vamos garantir que o produtor possa ter a sua cisterna em sua propriedade e ter acesso a sua água. (…) O desafio do tamanho do Brasil, e vamos colocar a água na torneira de todas as donas de casa”, disse.

Segundo Dilma, a transposição do Rio São Francisco é a ponte de água que resolverá o problema da água no Nordeste. E a Paraíba será um dos estados mais beneficiados com a transformação. Ela lembrou que, em outros governos, não se gastava R$ 200 milhões em todos os projetos como o sistema adutor de Itatuba. Para ela, a aplicação de quase R$ 1 bilhão apenas nessa iniciativa demonstra a mudança de postura em relação à questão.

A obra conta com um investimento de R$ 860,8 milhões do governo federal, com uma contrapartida estadual de R$ 95,64 milhões. Nesta 1ª etapa, o empreendimento deve gerar 800 empregos diretos quando forem iniciadas as obras da 2ª etapa.

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