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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, novembro 01, 2013

Rainha Elizabeth, comunista, assina a Ley de Medios

Comunistas no trono e no poder da Inglaterra assinam a Ley de Medios!

Esse chapeuzinho vermelho não engana ninguém ...

Saiu no The Guardian:
A landmark reform of press regulation, enshrined in a royal charter, was finally sealed by the privy council on Wednesday in a brief private ceremony, hours after the high court had quickly dismissed a last-minute legal attempt to block it by most newspaper groups.

Uma histórica reforma da lei de imprensa da Inglaterra (o Renato Machado chamaria de “Reino Unido”, ou “Grã Bretanha”), incorporada a uma Carta Real, foi assinada num Conselho Privado da Rainha, na quarta-feira, numa breve cerimônia, horas depois de a Corte Suprema rejeitar tentativas de última hora do PiG (*) inglês de bloquear a Ley de Medios.

Por coincidência, a Carta Real foi selada oficialmente pela rainha Elizabeth, notória comunista, no Palácio de Buckinham, sede do PC inglês, na presença de ministros comunistas do Partido governista e Conservador, no mesmo dia em que se adensavam as acusações contra os “jornalistas” do News of the World, o Globo Overseas da Inglaterra, que grampeava pessoas inocentes.

By coincidence, the royal charter was sealed by the Queen at Buckingham Palace in the presence of ministers the day the prosecution in the phone-hacking case started – more than four years after the scale of alleged phone hacking at News International was reported and 11 months after Lord Justice Leveson completed his report condemningnewspapers for “wreaking havoc with the lives of innocent people”.
Em tempo: o amigo navegante deve ter percebido que a tradução do ansioso blogueiro é levemente falaciosa.
Clique aqui para ler “Como a Ley de Medios enquadra a Globo da Argentina”.
*Paulo Henrique Amorim

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