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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 11, 2013

Eddie Murphy lança hino da Maconha com Snoop Lion


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Eddie Murphy gravou duas músicas com a participação do rapper Snoop Lion que, de acordo com o comediante, são hinos à maconha.
O astro de 52 anos – que lançou as faixas ‘Party All the Time’ e ‘Put Your Mouth on Me’ em meados de 1980 – fez uma parceira com o rapper, anteriormente conhecido como Snoop Dogg, e gravou dois singles sobre maconha para seu próximo álbum intitulado ’9′ – Nine.
Eddie Murphy Snoop Lion Red Lights SMKBD
Falando à revista Rolling Stones, Eddie contou:
“Fizemos duas faixas. Na verdade, fizemos uma música que é exatamente o novo hino da maconha. A música chamada ‘Mellow Miss Mary’. Snoop é tipo o governador da erva! E eu o queria na música”.
“‘Mellow Miss Mary’ soa como uma linda canção de amor para essa garota chamada Mary. Mas quando você ouve, é tipo, ‘Ei, cara. Mary é um baseado?”, completou.
A outra faixa gravada em parceria com o rapper foi intitulada ‘Red Lights’.
O músico de 42 anos é conhecido por sua fama de ‘maconheiro’, mas Eddie garante que não fumou com Snoop durante as gravações no estúdio, porque a sala já estava “buzzing” (zumbindo, na tradução literal) – fazendo referência a uma gíria em inglês para os chapados.
“Não [fumei]. A sala já estava ‘buzzing’ quando Snoop chegou lá”, brincou
O lançamento do disco ’9′ está previsto para o início de 2014.

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