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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 09, 2013

Ganja Tour pela Jamaica

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Chamado de ganja tour, passeio permite que os turistas experimentem a erva.
Enquanto Napa e Sonoma, na Califórnia, têm excursões para degustação de vinhos e os viajantes se reúnem na Escócia para provar os bons uísques de malte, a Jamaica aposta em outra ‘atração’. De acordo com informações do The Guardian, os agricultores estão oferecendo um tipo diferente de passeio: o ganja tour.
O roteiro passa por plantações de maconha escondidas na ilha, onde os turistas podem experimentar as ervas. Entre os locais visitados, está Nine Mile, a cidade natal da lenda do reggae, o músico Bob Marley. Homens com dreadlocks escoltam visitantes curiosos em conhecer as plantações e a casa de infância do famoso.
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“Esta aqui é a sinsemilla, favorita de Bob Marley. E esta é o skunk chocolate, especial para as mulheres”, disse um agricultor apelidado de “Breezy”, enquanto exibia variedades da planta. Apesar do roteiro, a maconha ainda é ilegal na Jamaica.
O ministro da Justiça Mark Golding disse à Associated Press que o governo estava ciente dos esforços de legalização da maconha em outros lugares. “Vamos analisar a questão à luz dos recentes desenvolvimentos neste hemisfério”, disse Golding.
O Ganja Law Reform Coalition, um grupo que trabalha para descriminalizar e regulamentar a maconha, está se preparando para uma conferência internacional na capital Kingston. Na ocasião, serão discutidas as perspectivas de comercialização do cannabis. Mesmo com a proibição, a Jamaica é o principal fornecedor de maconha para os EUA.
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#Smoke Buddies



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